Insegurança nas unidades de saúde de Fortaleza afeta atendimentos e profissionais; Sindicato dos Médicos cobra garantia de segurança

A onda de violência está afetando a rotina dos profissionais e pacientes que aguardam atendimento nas unidades de saúde de Fortaleza. Após uma ação criminosa, na última terça-feira (21), no estacionamento do Posto de Saúde Terezinha Parente, no bairro Lagoa Redonda, em que uma mulher foi assassinada a tiros enquanto aguardava veículo de aplicativo, o Sindicato dos Médicos do Ceará vem recebendo constantes relatos de medo dos profissionais da saúde.

Na última quinta-feira (23), o diretor financeiro do Sindicato dos Médicos, Dr. Edmar Fernandes, esteve presente no referido posto de saúde e ouviu a preocupação dos médicos e da população. “Os funcionários e os pacientes estão apavorados com a situação. O Sindicato esteve presente para garantir que só tenha atendimento no local se tiver segurança garantida para que funcionários e pacientes se sintam seguros em usar esta unidade de saúde”, afirmou.

Ainda na quinta-feira (23), o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício para Secretária de Saúde do Município de Fortaleza; para o 16º Batalhão de Polícia Militar do Ceará; para o secretário da Regional VI, Túlio Studart; e para a coordenadora da Regional VI, Margarida Saraiva, cobrando segurança efetiva e urgente tanto para os médicos como para os pacientes.

De acordo com o Departamento Jurídico do Sindicato, após o acontecimento as atividades do Posto de Saúde Terezinha Parente foram suspensas imediatamente e a coordenação da Regional VI prometeu aos profissionais que, quando houvesse a reabertura da unidade, haveria a presença da Guarda Municipal. No entanto, os relatos informam que tal promessa não foi cumprida.

Direitos dos Médicos

O Departamento Jurídico do Sindicato destaca que, segundo o Código de Ética Médica, o médico tem direito a recusar exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Além disso, o profissional pode suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição não oferece condições adequadas para o exercício profissional.

Diante a situação e sensação de insegura pelos profissionais, o que compromete diretamente o atendimento à população, o Sindicato dos Médicos solicita aos entes citados no ofício que garanta um policiamento fixo por tempo indeterminado, mesmo que seja por intermédio de segurança privada.

O Sindicato dos Médicos do Ceará, como entidade representativa da categoria, reitera seu compromisso na defesa de melhorias nas condições de trabalho e da qualidade e dignidade para profissionais e usuários dos serviços de saúde.

Foto: Divulgação Prefeitura de Fortaleza

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

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