UPA Canindezinho impede entrada de representantes do Sindicato dos Médicos; entidade pede providências ao ISGH e SESA
Objetivo era verificar algumas questões de interesse da categoria, como relatos de possíveis assédios morais direcionados aos médicos

Na última quinta-feira (06), os representantes do Sindicato dos Médicos do Ceará foram impedidos de entrar na UPA Canindezinho, em Fortaleza. O objetivo da visita era verificar algumas questões de interesse da categoria, como relatos de possíveis assédios morais direcionados aos médicos.

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Os representantes foram barrados logo na entrada da UPA sem nenhuma justificativa. Na mesma data, um ofício foi encaminhado ao Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), responsável pela administração da unidade, e à Secretaria da Saúde do Ceará (SESA), solicitando que a situação seja averiguada e que sejam tomadas as providências necessárias para garantir o livre acesso dos mesmos.

O Departamento Jurídico do Sindicato dos Médicos explica que a conduta, além de configurar um ato de cerceamento indevido do exercício das prerrogativas sindicais, prejudica toda a classe médica, bem como a população que confia na qualidade dos serviços prestados pela unidade de saúde.

“É importante salientar que as fiscalizações e acompanhamentos dos estabelecimentos de saúde por parte dos sindicatos são respaldados pela legislação brasileira. Além disso, as visitas têm o objetivo de verificar se as condições de trabalho e de atendimento aos usuários dos serviços de saúde estão sendo garantidas”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato Dos Médicos.

Providências

No ofício, o Sindicato dos Médicos lista as providências solicitadas ao ISGH e SESA:

  1. Garantir o livre acesso dos representantes sindicais à UPA Canindezinho, de acordo com suas atribuições legais, a fim de que possam verificar as condições estruturais da unidade, bem como apurar os relatos de assédio moral aos médicos ali lotados;
  2. Instaurar uma investigação interna acerca dos fatos narrados, a fim de identificar os responsáveis pela obstrução ao acesso dos representantes sindicais, adotando as medidas disciplinares cabíveis, caso se constate a prática de conduta indevida por parte de agentes públicos ou privados envolvidos;
  3. Garantir que a UPA Canindezinho esteja em conformidade com as normas brasileiras de saúde e segurança, por meio de vistorias técnicas e adequações necessárias, visando a salvaguardar tanto os profissionais que ali trabalham quanto os pacientes que buscam atendimento;
  4. Estabelecer um canal de diálogo permanente entre o Sindicato dos Médicos do Ceará, a classe médica que labora na UPA Canindezinho e as autoridades competentes que gerem a referida UPA, com o intuito de promover o fortalecimento das relações institucionais e a melhoria contínua dos serviços de saúde prestados à população.

O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e se coloca à disposição dos gestores para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais, caso necessário.

Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará

 

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